Mudanças bem à frente: 1) Produtos chineses - com dificuldade no mercado dos Estados Unidos - também vão invadir o Brasil, já no curto prazo
Quinta 19/06/25 - 7h38As tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos à China já provocam uma reconfiguração nas cadeias globais de exportação.
Impedidas de acessar com competitividade o mercado norte-americano, fábricas chinesas têm redirecionado seus produtos para países da Ásia, Europa e América Latina — incluindo o Brasil.
A mudança muda muito.
O superávit comercial da China com o mundo chegou a quase US$ 500 bilhões neste primeiro semestre.
Repreenta crescimento de mais de 40% em comparação ao mesmo período de 2024.
Com a queda nas exportações para os EUA — que chegaram a recuar mais de 30% —, indústrias chinesas vêm intensificando suas vendas de automóveis, eletrônicos, brinquedos, telefones e calçados para mercados alternativos, como Brasil, Indonésia, Alemanha e México.
No Brasil, o setor automotivo nacional tem demonstrado preocupação com a chegada em massa de veículos elétricos chineses, muitos com preços subsidiados.
Representantes da indústria pediram ao governo medidas de proteção comercial e revisão de políticas tributárias.
O cenário atual, positivo para a balança comercial chinesa, deve ampliar desequilíbrios em economias emergentes, gerando tensões diplomáticas.
Pode estimular ondas de protecionismo em regiões afetadas pela concorrência chinesa.
Analistas concordam:
A China tem conseguido manter sua influência comercial global, adaptando a estratégia de exportação e demonstrando resiliência diante da pressão internacional.